sábado, 12 de janeiro de 2013

Réquiem para Rafael

Lembro-me bem que Leonel Brizolla já dizia, na década de 1980, que as drogas seriam o grande flagelo do Rio de Janeiro. E ele acusava o governo federal de não patrulhar as fronteiras do estado, deixando a cidade estava ser invadida pelas drogas e armamentos. Discurso profético.

Quem vive encastelado em seus condomínios de luxo mal se dá conta das tragédias vividas pelas famílias mais pobres. O choque só acontece quando até eles acabam vítimas da violência - um subproduto do tráfico de entorpecentes.


Rafael, o menino de 10 anos, viciado em crack, que morreu atropelado esta semana na Avenida Brasil, retrata bem a degradação das famílias que são vítimas do descontrole do Estado. O pai era traficante, morto a tiros; a mãe, viciada em cocaína, vive jogada pelos cantos da favela onde mora.
 

No enterro do menino, numa tentativa de amenizar sua culpa, ela afirmou:
- Ele só fumava um baseado.
Triste...

O CLIMA DO ANO

Há tempos venho notando que a natureza absorve nossos humores, mas isso é assunto pra outro post. Lembro que, em 2016, meu pé de amora fic...