Quando não estou trabalhando, estou estudando. Faço curso de
tudo...online. A minha curiosidade é ilimitada e vai desde o francês,
passando pelo empreendedorismo, filosofia, tricô e o bolo pelado. Descobri
recentemente que existe um tal de bolo pelado e ontem assisti à
primeira aula. Na semana passada, foi tricô. As duas jovens professoras
são excelentes, competentes, carismáticas e
ensinam pra valer. Mas uma coisa me incomodou muito: elas usam o
diminutivo pra tudo. "Você pega esse pontinho passa nesse buraquinho e
daí dá uma voltinha e segura esse outro pontinho." Ou: "você pega essa
pazinha, mexe devagarinho pra fazer um docinho bem bonitinho e
gostosinho." O que está acontecendo? É moda falar assim ou é mesmo infantilismo?
Estava andando pela cidade quando uma conhecida se aproximou com o carro e perguntou: - Quer uma carona?
Entrei, suspirando e agradecida...mas logo me dei conta que tinha
entrado numa furada. A moça é fã ardorosa do Luan Santana e ouvia o CD
do cantor a todo volume: "EU VOU ESTAR TE ESPERANDO NEM QUE JÁ ESTEJA
VELHINHA GAGÁ, COM NOVENTA, VIÚVA, SOZINHA..." O pior é que ela
acompanhava. Oh, boy! A certa altura, ela gritou: - VOU PARAR PRA PEGAR MEU FILHO NO CURSO DE INGLÊS. - AH, TÁ... Que alívio! Um pouco de sossego enquanto ela saía pra pegar o menino, que chegou ansioso, perguntando: - Comprou meu CD do Luan? - Claro, filho. Antes de aumentar o volume, ela me disse: - Agora levo você pra casa, tá? - Obrigada!
E lá fui eu, ouvindo tudo outra vez, desde o início, aos berros: "MESMO
QUE VOCÊ NÃO CAIA NA MINHA CANTADA, MESMO QUE VOCÊ CONHEÇA OUTRO CARA."
O jeito foi rezar: "Ave Maria, cheia de graça..."
O deputado convocou estudantes e trabalhadores a acompanharem as transmissões da Rádio Nacional,
que formava uma rede em defesa da legalidade junto a outras emissoras.
"Estejam atentos às palavras de ordem que emanarem aqui da Rádio Nacional
e de todas as outras rádios que estejam integradas nesta cadeia da
legalidade. Julgamos indispensável que todo o povo se mobilize tranquila
e ordeiramente em defesa da legalidade prestigiando a ação reformista
do presidente João Goulart que neste momento está com o seu governo
empenhado em atender todas as legítimas reivindicações de nosso povo".
Comissão da Verdade reúne documentos sobre a morte de Rubens Paiva (Secretaria de Estado da Cultura / http://www.cultura.sp.gov.br)
"Está lançada inteiramente para todo o país o desafio: de um lado, a
maioria do povo brasileiro desejando as reformas e desejando que a
riqueza se distribua, os outros são os golpistas que devem ser repelidos
e desta vez, definitivamente para que o nosso país veja realmente o
momento da sua libertação raiar". Foi dessa maneira que Paiva concluía a
sua intervenção pela rádio, em que convocava a resistência pacífica
contra o Golpe.
Na madrugada do dia 03 de abril, Paiva ainda providenciou um avião para
levar o ministro da Casa Civil, Darcy Ribeiro, e o Procurador-Geral da
República, Waldir Pires - que tentavam a resistência em Brasília - para o
Rio Grande do Sul, onde Jango tentava ainda articular forças para
resistir ao Golpe. No meio do trajeto eles souberam pelo rádio que não
haveria resistência e, assim como o presidente, rumaram para o exílio no
Uruguai.
No dia 10 de abril, com os militares já no poder, Rubens Paiva teve
seu mandato cassado após a edição do primeiro Ato Institucional (AI-1) .
Eleito em 1962 para o mandato parlamentar, Rubens Paiva teve papel de
protagonismo na CPI que investigou o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação
Democrática), cuja conclusão apontava a intervenção da entidade “no
processo de escolha de representantes políticos do povo brasileiro para a
tomada do poder através da corrupção eleitoral”.
Em 1971, entre os dias 20 e 22 de janeiro, o deputado entrou para a
lista dos mortos e desaparecidos políticos da ditadura militar
brasileira (1964-1985).
Depois do luar do ontem e de rezar sob as estrelas, dormi em paz.
Acordei cedo e vi o sol nascer. Saí descalça e pisei na grama orvalhada.
Preparei o café e o tomei no jardim, rodeada de gatinhos. Meu dia começou assim. Feliz.
Conheça o Adesivo
Verde, plante árvores e neutralize o CO²!" http://adesiva.me/adesivo-verde
Nem tudo são flores na roça. Aqui, as coisas funcionam de um jeito todo
especial. Por exemplo, você quer marcar uma consulta com o médico. Tem
de ligar na véspera , pela manhã, numa faixa horária determinada pela
atendente. Motivo? Preguiça de ligar pra confirmar, mas elas dão outra
desculpa. Se perder o horário, só no outro dia. E não adianta reclamar.
São duronas mesmo.
Outro exemplo, você diz seu endereço, número, informa
a localização, mencionando um ponto conhecido e eles não entendem. Falo
de taxistas. Perguntam coisas do tipo: "É perto do seu Estevão?", "É um
portão branco?" No início, esta carioca estressada quase tirava as
calças pela cabeça. Mas já me teresopolitei.
A BÉLGICA, A EXEMPLO DOS PAÍSES BAIXOS, ACABA DE APROVAR A EUTANÁSIA PARA CRIANÇAS VÍTIMAS DE ENFERMIDADE INCURÁVEL.
JÁ SE MATAM OS VELHOS HÁ MUITO TEMPO, EMBORA NINGUÉM ADMITA TAL PRÁTICA. AGORA CHEGOU A VEZ DAS CRIANÇAS.
HÁ POUCO MAIS DE 100 ANOS, ERA MAIS OU MENOS COMUM AS PRÓPRIAS FAMÍLIAS
MATAREM VELHOS E CRIANÇAS PARA NÃO TER DE SUSTENTÁ-LOS. AGORA, O ESTADO
SE ENCARREGA DISSO.
ME FEZ LEMBRAR UM POST TRISTÍSSIMO, QUE
CIRCULOU, DE UM MENINO SÍRIO, GRAVEMENTE FERIDO, QUE DECLAROU ANTES DE
MORRER: "VOU CONTAR TUDO A DEUS." CONTE, MENINO, CONTE.
Ontem, salvei mais uma libélula. Foram muitas até agora. Volta e meia
também salvo um passarinho. Resgatei 10 gatinhos abandonados. E lá fora
no jardim, o hibisco, que antes era podado, mas não dava flor, agora
está todo florido. Impedi que o podassem
de novo. Deixei-o livre. No primeiro verão que passei aqui, as
alamandas não floriram. Diagnóstico de um expert: excesso de poda.
Passei a proibir também e lhes dei o alimento de que precisavam. Estavam
muito raquíticas. Passeando no jardim, me encantei com a beleza das
alamandas roxas e amarelas. As hortênsias foram tão podadas que custaram
a crescer e florir. Agora, florescem o ano todo. Aqui na roça, eles
preferem uma planta tosada a uma planta florida. Não consigo entender.
Mas o que eu quero mesmo dizer é que me dou conta, a cada dia, que minha
vida tem muito mais sentido.
Hoje, me surpreendi com o atendimento do INSS aqui da roça. Fui lá
fazer uma alteração cadastral e estava até levando - além da certidão de
nascimento da vovó e do vovô, porque eles pedem até o impensável - o
"kit INSS" que eu usava no Rio, ou seja: 1. Lexotan e todos sabem porquê; 2. Quentinha pra demora; 3. Garrafa d'água; 4. Sapato baixinho, porque nem sempre tem lugar pra sentar; 5. Rede pra tirar uma cochilo; 6. Dramamine pros enjoos que sempre acontecem; 8. Jornal e uns dois livros de 400 páginas cada um; 7. Remédio pra garganta pra poder gritar bem forte; 8. Uma escopeta pra sair metralhando.
Pois bem, nada disso foi necessário. Fui recebida por uma atendente
super atenciosa (estou me beliscando até agora) e um senhor super
cordial (que que isso?) que resolveu meus problemas em uns 3 minutos. Parece um sonho, mas é verdade. Vive la rósse!