domingo, 30 de novembro de 2014

CONSIDERANDO QUE...


Muitas vezes, me vejo na contramão do que as pessoas pensam e me sinto estranha. Não curto Black Fridays, nenhum Ipad, Ipod, Ipim, ou qualquer aparelho moderno que fazem as pessoas dormirem numa fila para adquirirem. Não pertenço a essa tribo. Me agarra então a sensação de não pertencer, de estar a quilômetros de distância de todo mundo. Vou ilustrar meu pensamento e me perdoem por mencionar fatos tão tristes num domingo. Não estou triste, ao contrário. Os domingos para mim são um ótimo pretexto pra tomar meu vinhozinho na hora do almoço. "É preciso ritos", disse a raposa.

Quando as Torres gêmeas desabaram no fatídico 9/11, não foi o colapso que mais me impressionou, mas aquela montoeira de papéis voando, papéis antes tão importantes, tão bem guardados, que muitos talvez atribuíssem um valor enorme. Naquele momento eles voavam perdidos, indo-se juntar ao entulho do asfalto. E foi essa cena que me fez desapegar de tudo, Aqueles antes valiosos papéis não valiam absolutamente nada. Um poder maior se alevantara. Uma grande tragédia fez tudo parecer pequeno, insignificante.

Desapegar, desapegar, desapegar... é o que tento fazer todos os dias.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

VIDA NA ROÇA - RITINHA E ZEZINHO

Ritinha (em foto tirada por Daniela) chegou aqui em casa ainda bem pequenininha. Veio com os três irmãos: Jorginho (que desapareceu, pra minha profunda tristeza), Joãozinho e Maria, trazidos pela mãe, Belinha. Não queria mais gatos aqui em casa, além dos quatro que trouxe do Rio, mas não teve jeito. Todos ficaram. Foi aí que aprendi que gato adota você, e não o contrário.

Ritinha cresceu, ficou uma bela mocinha e conheceu um gato negro lindo, de andar macio e, acredito, bom de lábia, porque ela se apaixonou por ele. Dei-lhe o nome de Zezinho, mas ele não me adotou. Vem só filar a boia aqui em casa. É gato independente. 

Dia desses, tinha acabado de dar a comida pra gatarada quando Zezinho apareceu faminto. Ritinha fez o que toda gata apaixonada faz: ficou rodeando-o, toda oferecida. Botei comida pro Zezinho e logo os outros vieram em cima. Tentei espantar, mas eles não paravam. Só quando Ritinha se postou na frente do prato, ameaçadora, é que os todos se afastaram. Zezinho pode então comer à vontade.
Ah, o amor....

O CLIMA DO ANO

Há tempos venho notando que a natureza absorve nossos humores, mas isso é assunto pra outro post. Lembro que, em 2016, meu pé de amora fic...