.... era vidro e se quebrou; o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou. Esta é uma das minhas cirandas preferidas. Hoje em dia, vejo a sabedoria de cada uma dessas palavras, quando me relaciono com algumas pessoas.
Como a maioria, costumo idealizar. Conheço uma pessoa superficialmente e acho que já sei quem ela é. O pior é que tenho uma certeza instantânea. Mesmo recebendo avisos, ouvindo sábios conselhos de gente querida, não faço caso. Conheço e pronto. E nós sabemos que não é bem assim. Leva-se anos para conhecer alguém... mais ou menos. Sim, porque somos seres surpreendentes.
Hoje estou num dia nostálgico e triste. Desfiz uma amizade que nunca foi, na verdade, amizade. Foi uma dessas idealizações minhas. Achei que conhecia, que tinha conquistado uma amiga e tanto. Eu a idealizei durante alguns anos. Achava que era uma amiga sensível e inteligente, dessas que a gente pode contar segredos, falar dos medos e incertezas, porque ela sempre estará lá. Ela, por sua vez, também iria fazer confidências e a gente se conheceria profundamente. Não foi assim. Quando penso em amizade, imagino um lugar sereno, à beira de um rio, onde a gente estende a rede e descansa tranquilamente.
A pessoa de quem deixei de ser amiga e que julgava sensível e inteligente era, infelizmente, insensível e de uma burrice emocional impressionante. É uma pessoa rancorosa, amargurada e triste. Como todas as pessoas que não viveram a vida em sua plenitude, é uma pessoa infeliz e só. Teve, como todo mundo, sua oportunidade de brilhar, de voar, de conhecer lugares, pessoas, amar de verdade, mas teve medo. Se entocou. Viveu escondida, sentindo que assim estaria segura. Mas o tempo passou e lhe cobrou um balanço de vida. O que fizera durante todos aqueles anos? Ela havia feito muitas coisas boas, mas não teve o bom senso de apreciá-las. Sempre se julgou menor, inferior. Em vez de pensar nas conquistas, ainda que não tivesse chegado a todas, queixava-se do que não teve forças para conquistar. Vive agora em busca do tempo perdido, como se pudesse voltar atrás. Não pode e sabe que não pode. O resultado é que sobra amargura para todo lado. Uma pessoa assim não pode e não consegue ser amiga de ninguém. No entanto, uma amizade lhe faria bem.
Eu sigo o meu caminho. Estou mais aliviada agora que pude expressar o que sinto. Não sou de voltar atrás. Estou sempre indo adiante. Tentei de todas as maneiras salvar a amizade, mas uma andorinha só não faz verão. Perdi a amiga, mas estou inteira... e feliz.. como sempre.
Como a maioria, costumo idealizar. Conheço uma pessoa superficialmente e acho que já sei quem ela é. O pior é que tenho uma certeza instantânea. Mesmo recebendo avisos, ouvindo sábios conselhos de gente querida, não faço caso. Conheço e pronto. E nós sabemos que não é bem assim. Leva-se anos para conhecer alguém... mais ou menos. Sim, porque somos seres surpreendentes.
Hoje estou num dia nostálgico e triste. Desfiz uma amizade que nunca foi, na verdade, amizade. Foi uma dessas idealizações minhas. Achei que conhecia, que tinha conquistado uma amiga e tanto. Eu a idealizei durante alguns anos. Achava que era uma amiga sensível e inteligente, dessas que a gente pode contar segredos, falar dos medos e incertezas, porque ela sempre estará lá. Ela, por sua vez, também iria fazer confidências e a gente se conheceria profundamente. Não foi assim. Quando penso em amizade, imagino um lugar sereno, à beira de um rio, onde a gente estende a rede e descansa tranquilamente.
A pessoa de quem deixei de ser amiga e que julgava sensível e inteligente era, infelizmente, insensível e de uma burrice emocional impressionante. É uma pessoa rancorosa, amargurada e triste. Como todas as pessoas que não viveram a vida em sua plenitude, é uma pessoa infeliz e só. Teve, como todo mundo, sua oportunidade de brilhar, de voar, de conhecer lugares, pessoas, amar de verdade, mas teve medo. Se entocou. Viveu escondida, sentindo que assim estaria segura. Mas o tempo passou e lhe cobrou um balanço de vida. O que fizera durante todos aqueles anos? Ela havia feito muitas coisas boas, mas não teve o bom senso de apreciá-las. Sempre se julgou menor, inferior. Em vez de pensar nas conquistas, ainda que não tivesse chegado a todas, queixava-se do que não teve forças para conquistar. Vive agora em busca do tempo perdido, como se pudesse voltar atrás. Não pode e sabe que não pode. O resultado é que sobra amargura para todo lado. Uma pessoa assim não pode e não consegue ser amiga de ninguém. No entanto, uma amizade lhe faria bem.
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