Felicidade é estar sentada no jardim, desfrutando o dia recém-nascido, quando de repente eu ouço um toc-toc-toc. Um não, dois. Eram dois pica-paus, um deles com um penacho bem grande e amarelo na cabeça; no outro, o penacho era menor. Seria um casal? Na primavera, os pássaros namoram.
Foi então que voltei à minha infância, ao tempo da escola primária, em que cantávamos felizes: "Pica-pau é um passarinho bem bonito e mui gentil, que se encontra pelos lares majestosos do Brasil." E aí vinha a estrofe final que arrancava gargalhadas dos meninos maliciosos: "Pica-pau, pau, pau, pica-pau, pica-pau, pica-pau, pica-pau, pica-pau, pau, pau." Eram tantas as risadas dos meninos que nós, meninas, muitas como eu, sem entender, ríamos também. A professora tentava, à princípio, fazer os meninos pararem, mas acabava desistindo e ria também.
E é com essa cena tão feliz que começo meu dia (depois de ter comido umas amoras do pé).
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