Ainda era cedo quando Brownie começou a se agitar. Olhei
o relógio. Eram 5h e lá fora a passarada já começara a cantar. Ninguém gosta
mais do amanhecer do que os pássaros, ficam loucos de alegria. Larguei o livro,
os óculos e abri a porta que dá para o jardim. O que vi, me fez voltar, pegar
um casaco e me sentar lá fora. A Lua e a Estrela da Manhã ainda brilhavam num céu
muito azul, rasgado de nuvens levemente rosadas. Ao longe, nas montanhas, repousavam
algumas nuvens acinzentadas que aos poucos cediam ao rosa e, mais atrás, um tom
alaranjado se insinuava. Fiquei ali
observando e tiritando de frio, devia ter posto um casaco mais quentinho.
Enquanto apreciava o espetáculo, as luzes da Lua e da Estrela da Manhã foram
lentamente se apagando. Era o sol chegando e mudando as cores do céu. O forte
alaranjado suavizou-se até se tornar amarelo, mas à medida que o sol avançava as
nuvens se douravam e culminaram por apagar de vez o prateado do planeta e do satélite.
Senti sua falta, Dani, que com as lentes de sua câmera teria captado toda a
beleza que palidamente descrevo.
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