Veio precedido de muita fanfarra, cheio de som e
fúria, mas pleno de significado. Chegou no domingo com muito sol e não
na data designada. Sim, porque a natureza não está nem aí pra datas e
calendários. Ela segue mais ou menos um roteiro, uma sequência, e gosta
de desafiar as datas fixadas pelos homens de ciência. Na semana antes, o
outono vinha anunciando sua entrada triunfal. Todo dia, às 3 da tarde, o
céu se envolvia num manto escuro e as trovoadas começavam, assustando
cachorros, gatos e passarinhos. Algumas delas vinham combinadas de raios
e trovões tão altos que chegavam a sacudir portas e janelas. Bunny,
minha cadelinha recém-adotada, na sua inocência de filhote, latia
reclamando do barulho. E a temperatura aos poucos foi caindo até ficar
como agora: fresquinha. O sol já não queima, mas pousa suavemente no
corpo, deixando um calorzinho gostoso que faz a gente pensar em
chazinhos, bolinhos e sopinhas. E dá gosto abrir os olhos de manhã e
olhar lá no horizonte, lá onde se deita a Mulher de Pedra e dizer em
alto e bom som: bom dia!
Seja bem-vindo, outono!
Seja bem-vindo, outono!
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