Vou confessar uma coisa para quem não sabe ainda: tenho verdadeira obsessão pelos Romanovs. Leio livros, faço pesquisas e sei muita coisa sobre essa família. Vocês vão me perguntar por quê? Bem, obsessão é obsessão, e não creio que se possa explicá-la muito bem, a não ser, talvez, que Freud a tenha esclarecido alguma vez. Não sei.
O que me espanta nos Romanovs, especialmente na família que foi trucidada pelos bolcheviks em 17 de julho de 1918, é a cegueira do tzar Nicolau II. Ele foi o principal responsável pela tragédia que se abateu sobre sua família. E, no entanto, como ele amava os seus, como deixava de cumprir a tarefa de dirigir o país para dedicar-se à vida familiar. É, a vida tem esses paradoxos.
Uma das maiores emoções da minha visita à Rússia foi ver o túmulo da família desaparecida há 80 anos. Estavam todos enterrados numa vala comum, após o fuzilamento. Os cientistas conseguiram identificar as ossadas de Anastassia (dando fim à lenda e ao mistério do século XX), Maria, Olga, Alexei, assim como o tzar Nicolau e a tzarina Alessandra. Todos finalmente descansam na Catedral de São Pedro e Paulo, em São Petersburgo. A cerimônia do funeral foi presenciada por Boris Yeltsin.
Ao entrar na Fortaleza Pedro e Paulo, pode-se ver a estátua de Pedro, o Grande, personagem do qual falarei mais tarde. Também falarei mais dos Romanovs. Em outro post. Até lá.
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