
Alfred: Seu trapaceiro, seu vigarista!
Aschenbach: O que mais eles querem de mim?
Alfred: Pura beleza. Severidade absoluta.
Pureza da forma.
Perfeição. A abstração dos sentidos! Tudo se foi! Nada restou! Nada! A sua música nasceu morta e você está desmascarado.Aschenbach: Alfred, mande-os embora. Por favor, faça com que saiam.
Alfred: Mandá-los embora?! Vou entregá-lo a eles!
Aschenbach: Não, Alfred, por favor. Não faça isso, por favor.
Não, por favor. Não...
Alfred: A eles! Eles vão julgá-lo. E eles vão
condená-lo.
Aschenbach: Não, Alfred, não.
Alfred: Sabedoria. Verdade. Dignidade humana. Está tudo acabado. Agora, não há mais razão para que você não vá para o túmulo, levando sua música. Você alcançou o perfeito equilíbrio. O homem e o artista são um só. Chegaram
juntos ao fundo do poço. Você nunca possuiu castidade. A castidade é o dom da pureza e não o doloroso resultado da velhice. E você está velho, Gustav. E, em todo o mundo,
não há impureza mais impura do que a velhice.
Nenhum comentário:
Postar um comentário