Mais de trinta anos depois, numa aula de hidroginástica, conheci uma mulher muito simpática. Volta e meia, conversávamos. Um dia, no final da aula, num bate papo informal que se estendeu além dos anteriores, fiquei sabendo que ela era amiga íntima da judia que se casara com o Paulo. Estranhos caminhos do destino.
Durante todos aqueles anos alimentei uma curiosidade quase mórbida a respeito dele. Buscava nos guias telefônicos antigos seu endereço e uma vez, casualmente, fui parar no mesmo prédio onde ele morava.
Foi essa mulher que me disse que Paulo acabara de falecer. Foi vítima de uma cirrose, provocada pelo excesso de bebida. O que o teria feito beber tanto? E por que não lutou pela vida, aceitando a morte com mansidão? Era setembro, mês do aniversário que ele não fez.
A mulher que acabou me trazendo o passado de volta havia trabalhado na mesma empresa onde eu conhecera Paulo e Silvio, mas eu nunca a vira. Atrevi-me a perguntar pelo Silvio e fiquei chocada com o que ela me contou. Ele se matara, alguns anos antes, jogando-se da janela daquele apartamento triste onde morava.
Ne pleure pas, Jeannette,
Tra la la la la la la la la la la la la,
Ne pleure pas, Jeannette,
Nous te marierons {x2}
Avec le fils d'un prince, Tra la la ...
Avec le fils d'un prince,
Ou celui d'un baron {x2}
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