No domingo, um dia antes da partida da filha mais velha, meu sobrinho veio se despedir dela, trazendo minha querida sobrinha, mulher dele, que é médica, e as duas lindas meninas, filhas deles. Minha sobrinha ficou muito preocupada ao saber do que acontecera com a perna e insistiu que eu fosse ao ortopedista urgentemente.
Telefonei para o ortopedista naquele dia mesmo contando o que se passara e ele me “intimou” a ir na segunda-feira ao consultório dele. Fui com a Zini, pensando que se tratava de algo banal. Ao ver o que era, o médico ficou apavorado, brigou comigo pela minha displicência e me mandou para o raios X. Eu ia ser operada de emergência naquela noite mesmo e não ia poder desfrutar dos últimos momentos com minha filha e meu neto. Fiquei arrasada.
De tarde, a filha mais velha veio me visitar no quarto, onde eu aguardava os procedimentos para a cirurgia. Ela trouxe meu neto e meu genro para se despedirem de mim. Nosso encontro foi muito emocionante. Minha querida filha chorou muito e eu tive de buscar dentro de mim uma força extraordinária para não chorar também. Sabia que a situação estava preta, receava pela minha vida, mas aquele não era o momento de fraquejar. Eu ia lutar de novo para sobreviver.
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