Entre o Natal e o reveillon, aconteceu uma pane elétrica no meu apartamento e vários dos meus aparelhos eletro-eletrônicos pifaram – nenhum teve conserto. E ainda ficamos um dia inteiro sem luz. Era o ano maldito que ia embora deixando um rastro de destruição, tristeza e amargura.
O réveillon foi ainda pior que o Natal. A filha teve uma grande decepção com o namorado e ficou muito abalada. E eu sentia dores que o analgésico não faziam parar. Pensamos em jantar fora, mas os preços eram absurdos.
Caminhar para mim era um tormento. Pensamos em ir à Lagoa para ver os fogos, mas, momentos antes de sair, quando eu já estava vestida (e desesperada de dor), a filha teve um de seus gestos mais lindos, de que jamais vou esquecer. Ela percebeu meu desânimo e minha agonia e disse que não estava mais com vontade de ver os fogos.
Ficamos em casa vendo televisao. Quando a meia noite se aproximou, fui até a geladeira e peguei uma garrafa que parecia de champagne. Devia mesmo ter sido, nos seus áureos tempos. Ela estava há muito na prateleira mais escondida, aguardando seu grande dia. O tempo, porém, deve ter-lhe tirado todo o gás. Ao abri-la, percebemos que o destino daquela pobre bebida era mesmo o lixo. Não tivemos com que brindar a entrada do novo ano.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
O CLIMA DO ANO
Há tempos venho notando que a natureza absorve nossos humores, mas isso é assunto pra outro post. Lembro que, em 2016, meu pé de amora fic...
-
Minha mãe costumava usar esse dito, para nosso espanto de criança, porque não atinávamos com o significado. Com o tempo fomos enten...
-
As meninas estavam excitadas. Íamos acampar em Prado, no sul da Bahia, e elas anteviam a diversão e a oportunidade de terem o pai e a mãe j...
-
Acordei pensando nas cigarras. Por onde elas têm andado? Pra mim, verão de verdade tem de ter coisas como o canto das cigarras, flamboyants ...
Um comentário:
Meus pensamentos estavam com vcs!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Postar um comentário