terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

VIDA NA ROÇA


Não choveu. Mas o tempo andou feio. À noite, as estrelas não apareceram e a lua andou escondida nas nuvens cinzentas. Foi um fim de tarde melancólico e uma noite comum, como são as noites sem lua e sem estrelas. Mas não é disso que vou falar.

Há dois anos plantei uma macieira. Comprei-a ainda bebê, porque tenho a ambição de viver ainda uns bons anos. Cuidei dela com carinho, mas teve um tempo que pensei que ia morrer, de tão raquítica que estava. Um passarinho tirou a macieira da depressão. Jogou uma sementinha de amora bem junto dela e a amoreira, folgada, danou a crescer. Andei até pensando em arrancá-la, com medo de que a macieira se acabasse de vez. Mas um dia notei que a macieira, ao contrário, começou a ficar mais viçosa e até cresceu bem. Hum... sem querer me meter na vida dos outros, comecei a desconfiar de alguma coisa. 


Um dia desses, molhando as plantas, notei que a macieira estava em flor. Que lindo! Não pensem vocês que era um monte de flor, umas três ou quatro, por aí. Mas foi o bastante pra me convencer: as duas estão de caso.

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