sábado, 2 de abril de 2016

IMPEACHMENT JÁ?


Ontem, depois de assistir à cobertura desanimada da Globo sobre as manifestações, assisti à TV Senado. Estava lá um senador do PDT defendendo o impeachment da presidenta. Fiquei pasma. O senador estava sendo sincero na sua defesa e estaria absolutamente correto se o nosso sistema fosse parlamentarista. Mas não é, como sabem. O outro senador que o sucedeu tentou ser mais convincente, oferecendo dados e falando de dispositivos legais. Na verdade, amigos, a menos que você seja um especialista na matéria, dificilmente vai entender tudo isso aí. Nem os juristas se entendem e cada um defende um lado. Ou seja, é muito difícil uma análise isenta. 

O que pude entender é que há tipo uma linha financeira entre o governo e as instituições financeiras do governo e essa linha pode ficar a débito ou a crédito do governo, temporariamente. Quem defende o impeachment diz que quando há débito do governo, há também despesa financeira. Os que são contra o impeachment afirmam que tal não acontece. A verdade, porém, é que todos os governos anteriores a Dilma Rousseff adotaram o mesmo procedimento. O próprio governador Alckmin o adota. Ou seja, se vai punir Dilma, todos, prefeitos e governadores, também deverão ser punidos.


Ao aceitar o pedido de impeachment, Eduardo Cunha, recepcionou fatos referentes a 2015 apenas, ou seja, as ditas "pedaladas fiscais" desse ano. Ocorre que o TCU ainda não analisou as contas do governo referentes a 2015 e me parece importante a opinião desse tribunal para que se proceda a qualquer investigação de crime de responsabilidade.
De uma coisa porém estou absolutamente segura: querem tirar a presidenta a qualquer custo e o custo pode ser muito alto, especialmente para a classe trabalhadora. Não foi porque Dilma praticou esse ou aquele ato supostamente ilegal. Não. Tudo começou com um candidato frustrado por não ter ganhado as eleições e esse ser abjeto põe suas ambições pessoais acima de qualquer um de nós. Então, criou-se um culpado e depois se partiu para a acusação, e não o contrário, como deveria ser.
Trabalhador que defende o impeachment de Dilma está atirando no próprio pé. Isso, sim, é que é tiro no pé. Porque, como disse o senador Lindbergh Farias ontem no Senado, o projeto de governo de Temer, o tal "Uma Ponte pro Futuro" não passa de "Uma Pinguela pro Passado." Era bom que todos o lessem antes de abrir a boca pra dizer qualquer bobagem.
A pinguela é o retrocesso. Quem viver, verá.

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