sexta-feira, 24 de junho de 2016

SALVE-SE QUEM PUDER

Não posso dizer que fiquei chocada com a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia. A bem da verdade, eles nunca entraram nessa União, a começar pela manutenção da moeda, a libra.

Vivemos tempos muito difíceis em que palavras como solidariedade e compaixão tornaram-se obsoletas e esquecidas. O mundo está cheio de tristeza e desalento, onde as pessoas viram as costas para os milhões de refugiados que morrem afogados nas praias europeias, famílias desesperadas que fogem da guerra, miséria e fome.


Também tornou-se obsoleta a palavra empatia - ninguém mais se põe no lugar do outro, fazendo a simples pergunta: "E se fosse comigo?" A atitude do Reino Unido só pode ser entendida como: "Não, danem-se, não queremos vocês aqui, já nos bastam os nossos problemas." 


O mesmo acontece aqui no Brasil, onde tantos criticam violentamente o Bolsa Família, uma ajuda quase simbólica às milhares de mães, para ajudá-las a criar seus filhos, mas não mostram a mesma indignação com os desmandos, desacertos e corrupção do governo interino.


Estamos assistindo a derrota do Estado do bem-estar social e a vitória do capitalismo selvagem, com a consequente penalidade à classe trabalhadora.


Minha esperança é que os trabalhadores franceses promovam uma nova Queda da Bastilha e que o movimento se espalhe pelo mundo, tal como aconteceu com a Revolução Francesa. Que as forças progressistas mundiais reajam e deem um fim a esse pesadelo. 


Ou será o caos, um salve-se quem puder.

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