quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ESTÁ CERTO DIZER "TORTA NEGA MALUCA"?

Virou piada o tal do "politicamente correto" e o povo deita e rola.  Leiam e divirtam-se com a piada abaixo.



Uma senhora entra numa confeitaria e pede ao balconista uma torta "Nega Maluca".

O balconista diz à cliente que usar o nome "nega maluca" hoje em dia pode dar cadeia, devido a:

- Lei Affonso Arinos;

- Lei Eusébio de Queiroz;

- Artigo Quinto da Constituição;

- Código Penal;

- Código Civil;

- Código do Consumidor;

- Código Comercial;

- Código de Ética;

- Moral e Bons Costumes,

- Além da Lei 'Maria da Penha' ...

- Então, meu filho, como peço a porra dessa torta?

- Torta Afro-descendente com distúrbio neuro psiquiátrico...

 

domingo, 21 de novembro de 2010

A SALA DE ÂMBAR

Hoje é meu aniversário e estou me dando de presente um vídeo sobre a Sala de Âmbar.  Em russo, Янтарная комната Yantarnaya komnata; em alemão, Bernsteinzimmer. Para quem não conhece a história, a Sala de Âmbar é considerada por muitos como a Oitava Maravilha do Mundo, por sua beleza singular.

A Sala de Âmbar fica no Palácio de Catarina de Tsarskoye Selo, perto de São Petersburgo.  Foi um presente do Rei da Prússia Friedrich Wilhelm I para seu amigo e aliado, o tzar Pedro, o Grande.  Ela se constitui de painés de âmbar apoiados em folhas de ouro e espelhos.  O projeto é do escultor barroco Andreas Schlüter.  A construção da sala foi iniciada em 1701, na Prússia, e permaneceu no Palácio de Charlottenburg até 1716.  Na Rússia, o projeto sofreu acréscimos e alterações e chegou a ter seis toneladas de âmbar.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas desmontaram os paínéis de âmbar e os levaram para Königsberg.  Durante anos, esse roubo foi cercado de mistério, até que finalmente descobriu-se que os painéis foram destruídos durante um bombardeio no castelo da cidade, onde estavam escondidos.  Toda a beleza deslumbrante dos painéis foi barbaramente destruída.

Em 2003, depois de décadas de trabalho meticuloso realizado por artistas russos, a Sala de Âmbar foi reconstruída e inaugurada no Palácio de Catarina, em São Petersburgo.  Admirem a beleza impressionante dessa obra de arte.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

HAVAIANO TIRA FOTOS DO INTERIOR DAS ONDAS

Um ex-surfista americano agora se dedica a uma atividade inusitada: fotografar o interior das ondas.

Clark Little, 39 anos, começou a fazer as imagens depois que sua mulher manifestou o desejo de ter uma foto para decorar o lar do casal, no Havaí.  Há dois anos, vive do dinheiro que ganha com a venda das fotos.

"O mar é minha segunda casa e eu amo o que faço", disse Little. "Não existe para mim aquela sensação de encarar o trabalho como uma obrigação."

O fotógrafo conta que para obter as melhores imagens usa uma câmera capaz de bater até dez fotos por segundo.  As ondas variam entre 90 cm e 4,5 m.  Muitas vezes chegou a ser arremessado a até 10 m de distância de sua localização original.

"Sempre existe um risco para mim, por conta da força e tamanho das ondas. Mas minha experiência como surfista me deixa à vontade para encarar as ondas sem medo."




quinta-feira, 4 de novembro de 2010

POLITICAMENTE CORRETO É O CACETE!

O texto que reproduzo a seguir não é meu, mas ilustra perfeitamente o que penso a respeito do exagero em torno do que seja "politicamente corrento".  Dizia minha filha que, na Inglaterra, não se chama mais anão de dwarf, mas de "vertically challenged", e daí nada mais justo do que ela achar que gordo também pode ser chamado de "horizontally challenged".  O texto é leve e divertido, como, aliás, são todos os textos do professor de história Luiz Antonio Simas, cujo blog acabei de descobrir. 

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA



Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".

Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?

É Villa Lobos, cacete!

Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.

Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.

Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil. Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.

Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.

Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.

Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.

Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.

O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.

Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".

Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não. Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os crimes de lavagem da honra: A onda de assassinatos que envergonha o mundo - continuação

Até março de 2008, os juízes jordanianos ainda tratavam os crimes em nome da "honra" com tolerância. Naquele mês, o Tribunal Penal jordaniano condenou dois homens pelo assassinato de parentes do sexo feminino "durante um ataque de fúria" a apenas três e seis meses de reclusão. No primeiro caso, o marido encontrara um homem em sua casa com a esposa e suspeitou que ela o estava traindo.  No segundo, um homem matou a tiros a irmã de 29 anos por ela ter saído de casa sem o consentimento do marido e "por estar conversando com outros homens no celular".

Em 2009, um jordaniano confessou ter esfaqueado até a morte a irmã grávida, por ela ter voltado para a casa da família após discussão com o marido. O irmão achou que ela estava "saindo com outros homens".

E por aí vai.

Em Aman, no ano passado, três homens esfaqueararam 15 vezes a irmã divorciada de 40 anos por ela ter um amante. Um jordaniano foi acusado de matar a irmã de 22 anos com uma espada por uma gravidez fora do casamento. Muitas famílias que vivem na Jordânia são de origem palestina. Nove meses atrás, um palestino esfaqueou a irmã casada até a morte por causa do seu "mau comportamento". Mas no mês passado, o tribunal penal de Amã condenou outro irmão assassino a 10 anos de prisão, indeferindo a alegação de crime em nome da "honra", mas apenas porque não houve testemunhas para confirmar o adultério da irmã.

Na própria Palestina, a Human Rights Watch vem há muito culpando a polícia e o sistema judiciário pelo fracasso quase total em proteger as mulheres de Gaza e da Cisjordânia dos "crimes de honra". Tomemos como exemplo, o caso da menina de 17 anos estrangulada pelo irmão mais velho, em 2005, por ficar grávida do próprio pai. Este presenciou seu assassinato. Ela havia prestado queixa contra o pai à polícia. Ele não foi preso e nem interrogado.

No mesmo ano, homens armados e mascarados do Hamas mataram a tiros Yusra Azzami, de 20 anos, por "comportamento imoral", por ela ter passado o dia passeando com o noivo. Azzami era membro do Hamas e o futuro marido, membro do Fatah. O Hamas tentou desculpar-se, chamando a moça assassinada de "mártir", para indignação da família. No entanto, apenas no ano passado, muito tempo depois de o Hamas vencer as eleições palestinas e controlar a Faixa de Gaza, um homem da região foi detido por matar a filha com uma corrente de ferro, ao descobrir que ela possuía um celular e temer que estivesse falando com homens fora do círculo familiar. Ele foi solto depois.

Mesmo no Líbano liberal existem "crimes de honra" ocasionais.  O mais notório deles é o de uma mulher de 31 anos, Mona Kaham, cujo pai entrou no seu quarto e cortou-lhe a garganta, depois de saber que ela estava grávida do primo. Ele foi até a delegacia de polícia em Roueiss, subúrbio de Beirute, com a faca ainda na mão. "Minha consciência está tranquila", declarou. "Matei para limpar minha honra."

Não causa surpresa uma pesquisa de opinião pública que mostra que 90,7 por cento da população libanesa seja contra os crimes de “honra”. Dos poucos que os aprovam, muitos acreditam que eles ajudam a limitar o casamento inter-religioso.

A Síria segue o padrão do Líbano. Enquanto grupos de direitos civis exigem o endurecimento das leis contra os assassinos de mulheres, a legislação apenas elevou a pena de prisão para os homens que matam parentes do sexo feminino por sexo extraconjugal para dois anos.

Entre os casos mais recentes está o de Lubna, uma jovem de 17 anos que vivia em Homs, assassinada pela família por ter fugido para a casa da irmã, depois de se recusar a casar com um homem escolhido pelos pais. Eles também acreditavam - erroneamente - que ela não era mais virgem.

O CLIMA DO ANO

Há tempos venho notando que a natureza absorve nossos humores, mas isso é assunto pra outro post. Lembro que, em 2016, meu pé de amora fic...