sábado, 25 de julho de 2015

JÁ NÃO HÁ MAIS POBRES COMO ANTIGAMENTE

Lembro uma vez, quando menina, de um casal muito pobre que esteve em nossa casa pedindo ajuda. Os dois estavam maltrapilhos e famintos. Minha mãe prontamente os alimentou e lhes deu roupas. Meu padrasto olhou para o pé daquele homem e disse:
- Sapato não posso dar, porque parece que seu pé é bem maior que o meu.
E o homem respondeu:
- E pobre lá tem número de sapato? A gente corta a ponta e cabe direitinho.
Nunca me esqueci deste fato. E durante anos foi assim. A gente juntava as tralhas que já não serviam e dava pros pobres. Os anos passavam e nada mudava. Era o Natal da fome, a campanha do agasalho... que serviam para acalmar a culpa. E todos podiam exibir sua boa ação e dormir em paz.
Aí, um dia, quis dar uns sapatos e bolsas em ótimo estado e ninguém quis. Alguém então me disse: "os pobres mudaram". Mudaram, sim, graças ao Lula e a Dilma. Há que se reconhecer isso, mesmo que você não goste dos dois.
E então, um belo dia, a faxineira chega na minha casa e exclama com orgulho:
- Minha geladeira é igualzinha a sua (uma duplex com degelo automático)!
Para muitos, que ainda não perderam o hábito de dar esmola e acha que pobre tem que "se enxergar", isto poderia ser uma afronta. Mas sou cristã, no sentido pleno da palavra, e entendi que o Brasil tinha mudado para melhor, que estava se tornando um país mais igualitário, mais fraterno. O Brasil está finalmente se tornando um país de Primeiro Mundo. É certo que ainda falta muito, temos uma elite egoísta e uma turma do contra que fazem questão de travar o país.
Depende de nós impedir o retrocesso. Depende de nós fazer o país avançar ainda mais.

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