sábado, 11 de fevereiro de 2017

VIDA NA ROÇA - TENTANDO DORMIR

Tive um dia exaustivo ontem. Vi o episódio piloto de "Breaking Bad" recomendado por um amigo (gostei), mas daí fiquei cansada, com vontade de me espichar, estava ainda agitada pelo movimento do dia. Fui pro quarto e liguei a TV que, pra mim, é um sonífero potente. Deus do Céu! É inacreditável o que se vê na TV aberta (só tenho essa) numa sexta-feira à noite, por volta de 21h30.
 
Ainda rolava aquela novela boba da Globo "A lei do amor", mostrando a falta de química entre a Cláudia Abreu e o Reynaldo Gianecchini. O rapaz é lindo, mas a Globo fez questão de deixá-lo feio com aquele cabelo mal tratado e oxigenado e uma barba horrível. A combinação de cabelo e barba deixou-o pálido e descolorido. O tratamento da Cláudia foi bem melhor, mas ela ficou jovem demais pra ter uma filha tão crescida. E ainda tem o mega canastrão e vilão, José Meyer, que só consegue ser melhorzinho quando dirigido por um diretor bem cri-cri. A novela estava no finalzinho e daí entrou o Big Bosta Brasil. No way!
 
Mudei pro SBT e lá estava o Ratinho com aquela moça que ele um dia chutou ao vivo e a cores. A moça, indignada, saiu porta a fora, mas pelo jeito esfriou a cabeça e voltou. Coitada!
 
Mudei de canal de novo e, pra meu horror, a Record fazia um programa em homenagem ao Tirulipa, filho do Tiririca. Cheguei a pensar que tinha dormido e tivera um pesadelo. Era tudo real, acreditem.
 
Mudei de novo de canal e a Band mostrava um sujeito ridículo, de barba postiça, que apresentava três moças de biquinininho fio dental. E a câmera fazia closes o tempo todo do bumbum das moças.
 
A essa altura, estava indignada demais pra dormir. Fui mudando de canal até chegar na TV Aparecida, onde uma dupla caipira se apresentava. Porcaria. Mas daí me lembrei de um lugarejo de Minas que costumava frequentar anos atrás. Meu pensamento viajou e me lembrei de uma vez que estava sentada num banquinho na vendinha, enquanto os pinguços tomavam pinga. Ao meu lado sentou-se um violeiro dos bons e começou a cantar as músicas que falam das coisas simples da roça. Enquanto ele cantava uma canção linda sobre um casal de passarinhos, os cachorros, que estavam deitadinhos tranquilos, por alguma razão começaram a brigar ferozmente. Alguém pegou uma bomba e acendeu, provocando um barulhão. Foi um tal de pinguço e cachorros correrem porta a fora espavoridos, deixando a vendinha subitamente vazia. Fiquei paralisada diante daquela cena. O violeiro olhava aquilo tudo com olhos "déjà vu". Depois que passou o susto, tive tamanho ataque de riso que só parou quando o violeiro entoou outra linda música.
E foi então que adormeci.

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