Estudei espanhol pra ler Márquez no original, de tanto que gosto do
escritor. Depois de ler o cubano Leonardo Padura, de quem gostei
imensamente, fiquei com aquela sensação de orfandade, que me ataca
sempre que termino de ler um bom livro. Não sabia que livro ia ler em
seguida e saí tentando alguns, mas nenhum me agradou especialmente, até
que me deparei com esse livro do Márquez, que havia comprado já há algum
tempo. O momento político brasileiro
era propício pra lê-lo e por isso fui em frente. García Márquez escreve
com maestria (desculpem o pleonasmo) não uma biografia, mas um romance,
sobre a viagem exílio de Simón Bolívar, também conhecido como o
Libertador, pelo rio Magdalena, no que seria, sem que ele soubesse, seus
últimos dias. E o extraordinário é que Márquez consegue contar a
história com precisão histórica e ao mesmo tempo dar vida ao personagem,
pontuando seus pensamentos. Eu pouco sabia sobre Bolívar e a cada
página que virava mais a história me parecia uma velha conhecida. Os
grandes homens não são reconhecidos no seu tempo e só a História
consegue lhes dar o devido valor. Assim foi com Bolívar. Sua morte
precoce, aos 47 anos, foi causada por envenenamento para alguns,
enquanto outros diziam que Bolívar era tuberculoso. Em 2010, Hugo Chávez
determinou a exumação do cadáver para dar fim ao mistério. Mas não se
chegou à nenhuma conclusão e a morte de Bolívar permanece tão misteriosa
como antes. A foto é uma reconstituição de seu rosto. Recomendo o livro
pra quem curte romance histórico e, claro, aos fãs de García Márquez.
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