quarta-feira, 28 de julho de 2010

Viagem a São Paulo

Para muitos, viajar a São Paulo é coisa corriqueira.  Não para mim.  Ir a São Paulo numa sexta-feira à noite, de ônibus leito, e voltar no sábado à noite, de ônibus executivo, foi uma experiência incrível.

Não digo que sofri - não chegou a tanto -, mas me preocupei em fazer uma viagem longa (quantos países teria cruzado em 6 horas de viagem na Europa?).  Meu corpo aguentaria?  Sentiria cansaço e dor ao caminhar?  Fiquei preocupada um pouco, sim, não nego,mas fui presenteada pela natureza com um pensamento positivo inabalável.  E as coisas têm dado certo para mim.  Com a graça de Deus.

Fui fazer um curso sobre uma ferramenta de auxilio na tradução, que agora me está sendo muito útil.  Não se faz mais tradução como antigamente.  O mundo moderno exige agilidade e as ferramentas estão aí para nos ajudar.  Foi ótimo o curso e fiz amizades lá.  Só isso valeu a viagem.

Mas algo assustador aconteceu: levei um tombo.  Por pura imprudência.  Apesar do susto, a experiência foi positiva, pois exorcisei meu grande medo.  Na hora do almoço, cheguei primeiro à mesa, onde apoiei a bandeja com a comida.  Pendurei a bolsa no espaldar da cadeira, sem notar que esta era leve demais para suportar o peso.  O resultado foi que a cadeira caiu para trás, eu não vi e sentei no chão.  Atrás de mim, risos abafados.  E eu teria rido também, não fosse o susto.  Fiquei contente de ver que as pessoas riam às escondidas.  Pior seria se viessem correndo me acudir, com pena de mim.  Como é bom a gente ser normal, igual a todo mundo!  Só quem viveu experiências extremas pode entender o que estou falando.  Veio apenas o garçom, mas eu já tinha levantado quando ele me alcançou.

Terminado o curso, peguei um táxi para a rodoviária.  Consegui trocar a passagem para sair mais cedo.  Feito isso, fui ao toalete, que é controlado por uma "supervisora".  Catei os R$ 1,20 e fiquei na fila aguardando a minha vez.  Uma senhora de cabelos brancos estava na minha frente.  Apesar do cabelo branco, ela era bem mais jovem do que eu.  Ao chegar-lhe a vez, a supervisora disse que ela não precisava pagar e lhe mostrou o cartaz.  A senhora ficou meio confusa e percebi que era gringa.  Li o cartaz e vi que eu também me enquadrava naquela condição: não ia precisar pagar.  Ao dizer isso à supervisora, ela exigiu minha carteira de identidade.  Fiquei tão feliz, tão agradecida, que resolvi pagar com o maior prazer.  Como disse minha querida filha Patricia, o elogio vem de onde menos se espera.

Ao chegar em casa, às 2 horas da manhã, a turminha, em peso, veio me receber na porta.  Kika, Fred, Leo e Nina pareciam muito felizes com a minha volta.  Depois de fazer um carinho em cada um deles, fui dormir feliz.

Um comentário:

Patricia Peternel disse...

Mae, como te disse por e-mail, voce deve se sentir muito orgulhosa por esta conquista! Mesmo que o curso nao fosse bom (mas ainda bem que foi!) teria valido a experiencia! PARABENS!!!

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