segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cinema

Fazia um bom tempo que eu não ia ao cinema ou via algum filme em DVD. Enfim, fui ao video clube e peguei 6 filmes, mas fiquei muito decepcionada com as produções recentes e muito assustada com o corpo dos atores. Estão todos magérrimos, com aparência de fome e todos sem nenhuma expressão facial. É a nova estética famélica e aniquiladora da qual eu vinha falando em posts anteriores (O Corpo como Metáfora) e que tomou conta de Hollywood. Mulheres lindas como Marilyn Monroe, Jane Mansfield, Ava Gardner seriam taxadas de gordas hoje em dia. Mas eu quero mesmo é falar de cinema.

ATIVIDADE PARANORMAL (PARANORMAL ACTIVITY) - Uma bobagem. Pra quem já passou por sustos maiores, o filme chega a ser risível.

BAARÌA - Esperava muito desse filme do Giuseppe Tornatore, porque estou lendo um livro que se passa exatamente no período pós-Segunda Guerra, quando os Aliados entram em Nápoles e se deparam com uma população faminta e miserável. Mas o filme, que conta uma história de amor e a saga de uma família desde 1930, é chato e arrastado. Que pena, Tornatore! Errou na mão. ZZZZZ

A FITA BRANCA (DAS WEISSE BAND) - Uma reporter disse ao diretor do filme, Michael Haneke, que ficara intrigada... Ele a interrompeu e disse que era esse mesmo o efeito que pretendia com a obra. Todo filmado em preto e branco, com uma fotografia deslumbrante, a obra de Haneke aborda os conflitos das crianças e suas famílias em uma aldeia alemã no início do século XX. Todas as crianças foram recrutadas na região. Adorei. Pra mim, filme bom é aquele que a gente não se cansa de pensar nele.

REDE SOCIAL (SOCIAL NETWORK) - Outra grande bobagem e uma enorme chatice. Todo mundo sabe que dinheiro destrói tudo e que em toda transação rola sacanagem. Mas o que me impressionou muito mesmo foi a magreza do Jesse Eisenberg. Antigamente, a gente se referia a uma pessoa magérrima como "filé de borboleta". Mas isso era no tempo que os magérrimos ainda tinham alguma carne. Do Eisenberg não se consegue extrair nenhum filé e muito menos alguma expressão. A estética esquelética, famélica e aniquilante tomou conta de Hollywood. Não se consegue uma boa expressão de nenhum ator - estão todos apáticos neste e nos outros filmes que vi. No caso do Eisenberg, acho que nem uma boa feijoada resolveria.

À PROVA DE MORTE (DEATH PROOF) - Quentin Tarantino é bom demais. Adoro ele. Mais um filmaço e por filmaço me refiro à obra que entretém, prende a atenção do espectador e apresenta belas imagens, direção, elenco... enfim, tudo o que um filme deve ter. Não precisa ser necessariamente um filme-cabeça. Gostei de rever o Kurt Russell. E, detalhe: todas as mulheres de Tarantino são carnudinhas.

COMER REZAR AMAR (EAT PRAY LOVE) - Perdi tempo com esse filme cheio de pseudos: pseudo-filosofia, pseudo-divertimento, pseudo-ator, pseudo-atriz, pseudo-enredo... O filme parece destinado a botar um pouco de miolo nas desmioladas, oferecendo uma falsa cultura, falso... ah, tudo é falso no filme. Só não entendo como meu ator preferido, Javier Bardem, embarcou nessa de encarnar um brasileiro. Existe coisa mais falsa? Coitado, devia estar precisando de uns caraminguás. É visível o constrangimento dele. Bem feito!  Mas tudo bem: a gente tem direito de errar nessa vida. Mas que isso não se repita, hein?

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