sábado, 23 de maio de 2015

A ALEGRIA DE AMARMOS UNS AOS OUTROS

Começo este post com a máxima da madre Teresa de Calcutá, pra ver se a Santa me dá um pouco de paciência com o "cerumano".

Hoje de manhã, fiquei escandalizada quando vi um vídeo postado no FB. O cenário é de festa e o foco é a chegada de 4 jovens bonitos e fortes carregando um andor, ao som de música de fanfarra. O andor deve conter umas 100 garrafas de champagne francesa (a festa é na França) e o divertimento máximo da moçada é estourar as champagnes, uma a uma, e espirrar o jato uns nos outros. Havia uma longa lista de pessoas admirando o acontecimento. Enquanto isso, não muito longe dali, famílias inteiras viajam nos barcos da morte, na esperança de serem acolhidas por algum país que lhes estenda a mão. Fogem da guerra, da fome e da miséria de seus países.


Depois, fui a uma sessão de fisioterapia e, enquanto aguardava minha vez, vi o noticiário da Globo na TV. Fiquei sabendo que está na moda o casamento ostentação, que consiste de gastar milhões em festas nababescas. E a reportagem mostrava o preço de cada ostentação, até chegar ao espetáculo circense máximo, que é contratar um drone por 3 mil reais para levar as alianças dos noivos ao altar. 


E a gente cansa de ver posts no FB de pessoas criticando os 70 reais que uma mãe necessitada recebe por cada filho, como ajuda do governo, num esforço para manter as crianças na escola, evitando que se transformem em ladrões e assassinos. E, das muitas vezes que defendi o programa, alguns me perguntaram em que país eu vivo. Sei lá, já me perdi. Só sei que definitivamente não faço parte dessa nau de insensatos e nem dessa tribo que se julga evoluída e civilizada.
Sou apenas um ser humano.

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