terça-feira, 16 de junho de 2015

VIDA NA ROÇA - TANGERINAS


Tenho um pé de tangerina ainda pequeno. Este ano ele nos presentou com 12 deliciosas tangerinas, que eu e Daniela devoramos. Na casa ao lado, o pé de tangerina se encheu de frutos amarelinhos e grandões. Imagino que o arbusto deve ter ter umas 100 tangerinas, sem exagero. Ninguém mora nessa casa e nem mesmo a visita. Um jardineiro cuida dela. Eu o encontrei casualmente e lhe pedi tangerinas. Ele me deu uma sacola, mas todas estavam ainda meio verdes e eram pequenas - nada parecidas com as belezuras amarelas. Mas...cavalo dado não se olha os dentes. Pensei que as melhores certamente estariam reservadas pra ele ou para os próprios donos, que talvez aparecessem. Mas não. Já se passou mais de duas semanas e as tangerinas continuam no pé, como enfeites de árvore de Natal, só que correndo o risco de apodrecerem, se é que já não aconteceu. Uma pena, porque, mesmo estando boas, já devem talvez ter perdido o sabor que as frutas têm quando atingem o ponto. Volta e meia vou ao quintal e olho pra elas com pesar. 

E isso me faz pensar na metáfora que Cristo usou para amaldiçoar a figueira. Tem gente que não consegue nunca dar frutos.

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