sexta-feira, 29 de agosto de 2014

VAMOS CONVERSAR?


Eu até entendo que banqueiros, magnatas, grandes empresários, os grandões da mídia, alguns setores do agronegócio votem em Marina ou Aécio. Afinal, os dois têm programas muito parecidos, nos quais todos eles serão fortemente favorecidos e o povo, acredite, vai ficar de fora. 


E é por isso que não entendo que um trabalhador, um aposentado, uma pessoa que saiu da pobreza para a classe média vote nesses dois candidatos. Não faz o menor sentido. É como dar um tiro no próprio pé.
Eles, Aécio e Marina, não desistem do Brasil, mas é daquele Brasil cheio de mamatas e conchavos. Estão prontinhos para entregar o país, como sempre o fizeram, nas mãos dos americanos. Consultem quem são os economistas desses partidos e vocês verão que estou certa. Lembrem-se que quase nos juntamos à ALCA - que era um péssimo negócio para o Brasil.


O que vai acontecer, e podem esperar, é que, se eleitos, esses dois candidatos seguramente desistirão do povo em nome do famigerado ajuste fiscal (eufemismo para "nós lucramos e o povo que se dane") que, como já sabemos, prevê arrocho salarial e desemprego. É a política neoliberal, embora Marina faça de conta que não é. Como não é se o banco Itaú que a apoia? Informe-se sobre o que está acontecendo na Europa, nos EUA. Trocando em miúdos, na política neoliberal quem paga pelos desacertos é sempre o povo e há milhões de desempregados nesses continentes.


Antes de votar, informe-se sobre o seu candidato. Não confie na mídia. Faça sua pesquisa. Assista às TVs Câmara e Senado. E vote pensando no bem-estar de sua família, no bem do povo e no que é melhor para o Brasil.

VOCÊ SE LEMBRA?


É incrível o que o tempo faz com a memória das pessoas.
Alguns conhecidos viajam pra Europa, Estados Unidos, América do Sul quase todo ano. Alguém lembra que 12 anos atrás os aeroportos ficavam às moscas?

Vejo todo mundo saindo e se divertindo. Alguém lembra que 12 anos atrás estávamos todos de cara amarrada, sombrios? Ipanema e Copa, centros de diversão carioca, não tinham movimento. Era fácil chegar em qualquer bar e restaurante e conseguir lugar. Hoje, vivem cheios. Ninguém consumia nada há 12 anos. Nos supermercados, os carrinhos viviam quase vazios. Eu me lembro que fui ao teatro uma sexta-feira à noite e Ipanema estava quase às escuras. Deprimente! Aquilo me chocou. Mas, claro, funcionário público ficou 8 anos sem um aumentozinho sequer, no governo FHC. Você se lembra?

Quem tem boa memória valoriza as conquistas que tivemos nos últimos 12 anos. Valoriza as viagens, os novos aeroportos, as estradas sem buracos e reconhece que sim, houve um enorme avanço. Tivemos um ano quentíssimo de seca em vários rios, alguém ficou sem luz? Lembram dos apagões da era FHC?

Quem não tem boa memória, ameaça levar o país de volta a essa época tão infeliz de nossas vidas. Há o perigo de voltar aqueles economistas que só faziam o bolo dos banqueiros crescer. Os mesmos que confiscaram a nossa poupança. Você lembra? O nome André Lara Resende lhe faz lembrar alguma coisa?

Raramente saio à noite e vivo uma vida muito simples, rodeada dos meus bichanos. Pra mim, tanto faz que ganhe A, B ou C, embora eu devesse votar naquele candidato que diz que vai melhorar os ganhos dos aposentados. Tudo mentira, claro, mas quanta gente não está sendo enganada? Mas não penso em mim, penso no país que está prestes a ser entregue aos banqueiros, que vai virar um cassino. Penso no nosso petróleo que, não duvide, vai para os ávidos americanos, comprometendo o futuro de milhões de brasileiros que dependem desse recurso para a saúde e a educação. A Petrobrás quase virou Petrobrax. Você se lembra? Pois esta ameaça agora, mais do que nunca, existe.

Sinto como se estivesse vivendo os dias terríveis que precederam a eleição de Fernando Collor. Deu no que deu e Sarney assumiu, lembra? Lembra que a inflação chegou a 84% ao mês? A propósito, você sabe quem é o vice do seu candidato? Investigou o vice?

Naqueles dias assombrosos, numa viagem a São Paulo, consultei uma pessoa influente, que me recomendou tirar o dinheiro da poupança e avisar aos meus amigos mais próximos. Ninguém acreditou em mim. Eu me safei, mas foi triste ver o desespero das pessoas.

Acho que é assim mesmo. Ninguém quer acreditar. Então, é ver para crer.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

VIDA NA ROÇA

Lindo, mas lindo mesmo é sair lá fora no jardim, depois do tempo nebuloso e frio de ontem, e ver o sol brilhar. É maravilhoso ver a orquídea-bambu florida, a buganvílea com seus cachos de flores rosadas, os calâncoes salpicados de flores vermelho-sangue, as azaléas coloridas de rosa, enfileiradas junto ao muro, os manacás cobertos de roxo e branco, perfumando todo o jardim, o roseiral cheio de rosas e a sibipiruna, que eu tanto temia fosse morrer, toda copada e já se preparando com seus botões para florir na primavera.
Não há nada mais lindo. E nem mais importante.
Bom dia de sol para todos!

VIDA NA ROÇA


Sou jardineira de primeira viagem. Por isso, estou sempre procurando aprender, mas concluí que nada - para tudo nesta vida - vale mais do que o bom senso e a observação. 


Estava desgostosa com a minha magnólia, que só havia produzido umas 3 florzinhas. Conversei com o jardineiro da casa do lado, um senhor que mantém o jardim da vizinha em perfeitas condições. Ele me disse, com muita ênfase, que eu deveria podar a magnólia, antes que viessem as folhas. Sim, porque a magnólia se despe das folhas para então florir. 


Confesso que sou teimosa e não fiquei convencida, porque já havia adubado o arbusto. Resolvi esperar, dar um tempo à magnólia, porque sei que as flores são manhosas, cheias de mimimi, não surgem assim sem mais nem menos. Demandam carinho e atenção como, aliás, os seres humanos também. E o resultado veio depois de alguns dias. A magnólia está carregada de flores e ainda tem botões para desabrochar. Está linda. Fotografei uma flor para que vejam. E que tenham um dia muito feliz!

terça-feira, 13 de maio de 2014

VIDA NA ROÇA

Apareceu um buraco aqui na rua. Botaram um galho de árvore pra avisar ao motorista. Esperei que a prefeitura tomasse providências, mas nada aconteceu. O tempo passou. Um dia, aparece outro buraco, desta vez mais perto da minha casa. Liguei pra ouvidoria da prefeitura e me atendeu um sujeito muito simpático - que raro! Falei dos dois buracos e ainda da placa da rua que, pasmem!, é de madeira. O funcionário abriu processos pras minhas queixas e pediu que eu ligasse de volta quando o assunto estivesse resolvido. Dois meses se passaram e nada. Um dia, uma teresopolitana me aconselhou a ligar pra televisão. “Eles vão até o local, botam a matéria no ar e logo, logo a prefeitura toma providências.” Liguei pra TV e a jornalista que me atendeu, pediu meus dados e me avisou que eu seria entrevistada. O quê? Nunca apareci na TV e, podem acreditar em mim, nunca fiz a menor questão. Sempre gostei de ficar do outro lado. Diante da minha indecisão, a jornalista ameaçou cancelar a matéria. Na última hora, aceitei. Tudo pelo social. Assim que desliguei o telefone, me veio à cabeça aquelas ataques de vaidade que toda mulher tem: “com estas unhas?, com este cabelo?” Corri até o salão e me produzi. No dia da tal entrevista, acordei cedo e me emperequetei toda, logo eu que adoro andar de pijama. Mas era eu mesma, irreconhecível até pra mim, e de salto!? A entrevista fora marcada pras 11 horas. As 11 horas chegaram, o tempo passou e...nada. Levei o maior bolo. Tirei aquela parafernália toda e voltei a vestir o pijama. Lá pelas 3 da tarde o vizinho avisou: “O caminhão da prefeitura está aí tapando os buracos.” Agora só falta a placa.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

OUTONO


A gente entende mesmo que o outono chegou quando o jardineiro traz uma sacolinha de caqui. É a fruta da estação. Pensei em você, Patricia.

Aqui na serra o outono chegou pra valer desde a última chuva. Foi-se embora o calorão atípico (nunca havia sentido tanto calor). As chuvas do fim da primavera castigaram a sibipiruna e a tulipa da África. Ainda bem que a quaresmeira plantada recentemente está brotando. Vou ter flores na próxima quaresma. O pau-brasil cresceu e está viçoso. Agora é esperar que o tempo cure as duas árvores. 


Pela manhã, um friozinho e aos poucos o dia vai esquentando. Talvez por isso onze-horas e terezinhas ainda floresçam todos os dias, embelezando o jardim. As rosas também resistem à chegada do outono e daí ainda posso oferecer uma rosa à santa Terezinha. As noites são frescas e as madrugadas frias. Já tirei o cobertor do armário. 


Pinguinho, que no verão gosta de dormir no jardim, entra em casa ao anoitecer e fica me rodeando. Ele quer que eu desça pro quarto e agora vocês sabem por que durmo cedo. Mimei tanto esse gatinho que ele agora se acha meu dono. 


E entre cuidar dos gatinhos, molhar as plantas, tirar um capim aqui e ali e admirar a orquídea florida no alto da sibipiruna vivo meus dias em paz.


Bom dia!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

VIDA NA ROÇA


Estava atrás de uma muda de maracujá até que a vizinha me deu logo duas. Uma delas cresceu e se espalhou pra todo lado, deu um montão de flor, mas não deu fruto. Conversei com a vizinha e ela me disse que a dela já frutificara. Como pode ser? Ela não soube explicar. Frustrada, consultei o Google e lá estava: pra dar fruta, a flor do maracujá precisa ser polinizada pela abelha marmangava. Abelha o quê? Gente, sou urbana, não entendo nada de abelhas. Uma vez, chamei o jardineiro e pedi que ele acabasse com uma infestação de marimbondos nas roseiras. Estava preocupada que mordessem meu neto. O jardineiro mal conseguiu disfarçar o riso e me disse: “Não é marimbondo, não, dona, é abelha cachorra.” Abelha o quê? Que nome bem dado! Além de cachorra, é uma safada e sem vergonha, porque mata os botõezinhos das rosas, impedindo-os de desabrochar. Mas voltando ao maracujá, olhei a foto da marmangava e tentei encontrá-la. Ela tem a bundinha amarela com listas negras. Nada. Até que outra pesquisa me levou à adubação. Adubei os dois pés. Um domingo desses, Daniela descobriu o primeiro maracujazinho. Foi a maior alegria. Depois, descobri o segundo e Dani, o terceiro e o quarto. Já estava me sentindo uma agricultora e tanto quando, no domingo, Dani resolveu fazer um suco de maracujá. Eca, que gosto horrível! Outra pesquisa no Google me levou a concluir que eu plantara, na verdade, o maracujá selvagem. Decepção. Mas em tudo há uma lição a aprender. O maracujá amarelo ou azedo, próprio pra suco é o Passiflora edulis f. flavicarpa. Tem um que é docinho e pode ser comido como sobremesa. Este se chama Passiflora alata. Vivendo e aprendendo...

O CLIMA DO ANO

Há tempos venho notando que a natureza absorve nossos humores, mas isso é assunto pra outro post. Lembro que, em 2016, meu pé de amora fic...