domingo, 4 de abril de 2010

Voltando outra vez para casa - final

Adriana havia saído antes da minha hospitalização e novamente tivemos de enfrentar a seleção de uma substituta, que não ficaria muito tempo. Eu continuava com a fisioterapia e me empenhava de todo coração. Queria muito voltar à minha vida normal e cada dia me sentia mais forte. Era impressionante o meu progresso. Mas o destino voltou a me pregar outra peça.

Porque me movimentava mais, passei a sentir dores e ter sangramento na uretra. Fui ao urologista, como me indicaram, mas os exames não eram conclusivos. Desesperada, recorri à minha querida sobrinha médica, e foi ela quem prescreveu outro exame que indicou que eu estava sendo vítima de uma bactéria chamada Acynetobacter. Mais uma e essa era a terceira. A primeira foi detectada quando ainda estava na UTI e me atingiu os pulmões. Era a Pseudomonas Aeruginosa, também muito perigosa.

Voltei ao urologista com o resultado do exame e ele receitou 14 injeções dolorosíssimas, que me deixaram com caroços nas nádegas durante muito tempo. As injeções eram tomadas pela manhã e à noite. No meio do tratamento, me senti melhor, mas assim que as aplicações terminaram as dores e o sangramento voltaram, para meu desespero. Passei horas tristes e solitárias, procurando entender a razão daquilo tudo, daquela noite escura e sobria que não parecia ter fim.

As injeções não surtiram efeito e o médico urologista me abandonou. Nunca entendi por quê. Outra vez minha sobrinha interveio, botando em meu caminho a Dra Cristina, que optou por uma internação para tratamento intravenoso. “Meu Deus, eu Vos suplico, me ajude a superar mais este momento difícil. Dai-me forças.”

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