domingo, 25 de abril de 2010

Ouvindo a voz interior - parte 2

Terminada a ultrassonografia, fui à farmácia. O farmacêutico não quis receitar remédio algum,quando lhe contei o meu problema. (E chorei, por ter de contar o que eu queria tanto esquecer. Mas era preciso.) Também ele alegava questões éticas.  Senti um desânimo profundo.  Era tudo tão difícil

Fiquei pensando em como poderia contornar aquela situação e me veio uma idéia. Perguntei se ele achava que um antibiótico à base de sulfa poderia fazer bem, no meu caso. Ele concordou. Em seguida, quis saber se tal remédio era perigoso. Nao, não era. Daí foi só falar com o vendedor e pedir a medicação.

Fui para casa e logo tomei o remédio. O tratamento duraria sete dias. Eu mal podia esperar o resultado. Sentia intimamente que estava no caminho certo. Como os médicos não se davam conta disso? Por que não ouviam seus pacientes? Receitavam remédios inócuos, caríssimos, de efeitos duvidosos. Eles não se importavam. Uns poucos, sim, como a dra. Cristina, mas também ela não se animava a me receitar mais antibióticos, depois de tantos que eu havia tomado.

À medida que o tempo passava, me sentia cada vez melhor. Andar não era tão frustrante e doloroso. Sentia-me mais leve. Em breve, saberia o resutado. Em breve, iria saber se fizera bem em ouvir a voz interior.

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