domingo, 30 de maio de 2010

Moscou - parte 11 - O Kremlin, Lênin e os Tesouros da Rússia

Uma das visões mais fantásticas que uma pessoa pode ter é ficar no meio da Praça Vermelha e olhar ao redor.  A Praça é cercada de lugares históricos como a Catedral de São Basílio, construída no século XVI e agora museu, o Kremlin que domina grande parte da paisagem, com a famosa Torre Spasskaya e a Torre Burovistkaya (na verdade, são sete torres). Há ainda o Mausoléu de Lenin, que nos impressionou vivamente, a Torre Nikolskaya do Kremlim, o Museu Histórico e finalmente, fechando o cículo, a Catedral Kazan.


Das sete torres do Kremlin, escolhi falar da Torre Burovitskaya, que nos deixou encantadas, porque no seu topo há uma estrela vermelha brilhando intensamente à noite.  O guia nos disse que dentro da estrela há rubis.  Hum... será?  Mas é bom imaginar que sim.  A Torre Burovitskaya (em russo, Боровицкая башня) é uma torre de canto com passagem para o lado Oeste do Kremlin.  O nome vem de uma colina das sete em que se assenta a cidade.  A torre foi construída em 1490, no local onde existia o antigo portão do Kremlin, pelo arquiteto italiano Pietro Antonio Solari, por ordem de Vasili III. Em 1658, a mando do tsar Aleksey I da Rússia, a torre foi rebatizada com o nome Predtechenskaya.  O novo nome, porém, nunca se tornou popular.  Em 1812 a torre foi danificada por uma explosão, por ocasião da retirada do exército francês.  Passou por restauração em 1817-19 pelo arquiteto Osip Bove e, em 1935, os soviéticos mandaram instalar no seu topo uma estrela vermelha.  Junto com a estrela, o monumento mede 54.05m.

Foi no dia seguinte da nossa visita ao Mosteiro de São Sérgio que fomos, finalmente, visitar o Mausoléu de Lênin.  Visitamos depois o Kremlin e o museu onde estão os tesouros dos czares.  É tudo tão impressionante que prefiro ilustrar com fotos.

Terminada a visita aos seus tesouros arquitetônicos e às jóias do Kremlin, fomos descansar nos jardins extra-muros.  Diante de nós se estendia um gramado convidativo e nele estavam crianças, mães, casais de namorados, homens e mulheres solitários.  Tirei os sapatos e pisei na grama macia e fresca.  Caminhei um pouco e depois me sentei, para olhar as pessoas.  Havia uma paz naquele dia de sol quente, mas sem o calor abrasador do Rio.  Era um dia claro, de céu muito azul e de temperatura agradável.  Estava assim absorta, contemplando a beleza da paisagem e do dia quando ouvi uma voz masculina no auto-falante.  Era a polícia.  Embora não tenha entendido uma palavra, vi que as pessoas se apressavam a sair do lugar e foi o que também fiz.

É tudo muito lindo na Rússia, mas a burocracia e o rigor das autoridades destroem toda a felicidade humana.  O regime parece feito para contrariar e aborrecer o povo.  Nada é perfeito.

No dia seguinte, fomos a Sao Petersburgo.  Falarei da viagem amanhã.

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